Assim nasceu a mulher
Rainha da Criação
Tirada de bom lugar
Bem perto do coração
A sombra do arvoredo
Alegria sem igual
Formaram uma só carne
No abraço genital
Injustamente culpada
Só por querer partilhar
Depois da maçã ferrada
Já não houve volta a dar
Tudo que era normal
Foi forçado a regredir
Por desobedecerem
Tiveram que se vestir
Tiveram que trabalhar
Para os filhos sustentar
Com suor triste no rosto
Fartaram-se de chorar
A serpente toda arteira
Lá foi a esfregar as mãos
Pregar partidas a outras
Não faltou ocasião
Por todos os continentes
Foi-se multiplicando
Gorda magra pobre ou rica
Tem anjos no céu esperando
Filomena Magalhães
Filomena Magalhães
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