segunda-feira, 5 de março de 2012

 A Antime que conheço ainda que vagamente e faz parte das minhas memorias remonta ao tempo do proletariado ao período antes e pós Abril. Ao tempo em que se acreditava que o voto era a arma do povo e os catolíticos progressistas afirmavam que Jesus Cristo nunca poderia ser contra o povo e gostavam de o imaginar de cravo vermelho na mão.

A freguesia de Antime é conhecida como um dos principais centros Marianos do concelho de Fafe, e de alguma forma em qualquer altura da sua vida todos os fafenses participam nessa grande manifestação de amor e devoção à Virgem Maria que se realiza no mês de Julho a partir de Antime e onde milhares de pessoas de Fafe e outras paragens participam.
Se sábado não tivesse lá estado nunca teria conhecido a Antime progressista que não parou no tempo. Muito além do esperado e repleto de emoções o espectáculo inserido no programa das III Jornadas Literárias teve como tema principal a vida e obra do Major Miguel Ferreira, poeta e personalidade marcante na vida da freguesia.
Os ingredientes da noite festiva foram o que de melhor fomos adquirindo como povo ao longo da nossa existência como nação. Mais uma vez tomamos consciência que a nossa cultura é única e a devemos preservar e deixar como legado às gerações futuras. Penso que foi esse o espírito que esteve na raiz do pensamento dos criadores das III Jornadas Literárias de Fafe que se realizam de 9-24 de Março e têm como lema AS PALAVRAS E O TEMPO.
 Existe o que não se vê apenas se sente. Toda a união empenho e organização à volta do evento, me fez lembrar mais uma vez do sonho que foi para todos nós Abril.
 As operárias (os) de Antime estão de parabéns.
As Palavras e o Tempo

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