Um certo dia, em que bastante chovia, um soldado valoroso, apressado seguia, para chegar ao seu destino, à terra onde vivia. Atravessava a serrania a cantar, alegre, a chuva parecia não lhe pesar, só de pensar, nas coisas boas que iria desfrutar, depois de chegar a casa, ao aconchego do lar. Martinho, assim seu nome escrevia, numa curva do caminho, encontrou um homem, que pouca roupa vestia. Com vontade de ajudar, foi obrigado a constatar, ali, naquele lugar, não ter muito que ofertar. Assim pensava, mas, quando do cavalo se apeava, sentiu que no seu coração boa ideia se instalava. A sua capa, larga e quente iria cortar, oferecer metade ao pobre para o agasalhar.
O sol que estava a descansar ficou contente
com tudo o que se estava a passar. Às nuvens, que andavam a regar os campos,
abastecer as fontes, pediu licença para se mostrar, com os seus raios luminosos
tão nobre gesto queria saudar. Ao fim desse dia, quando do horizonte se estava aproximar,
o sol, por mais algum tempo resolveu ficar, a Martinho um pequeno Verão queria ofertar.
E, para que o ocorrido não fosse esquecido, para todos, velhos e novos, se poderem
lembrar, viria, mais tarde, a decretar. No decorrer dos séculos, todos, se
iriam juntar, com frutos da terra, castanhas e vinho, dia 11 de Novembro festejar.
Assim, lá no alto, contente, poderia com mais intensidade brilhar e a todos
alegrar.
Filomena Magalhães
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