segunda-feira, 29 de abril de 2013

Mostra etnográfica-A Memória e a gente

Movidos por sentimentos nobres
 de partilha e generosidade,
passaram diante dos nossos olhos
 os inspiradores, das grandes obras literárias da nossa humanidade





sábado, 27 de abril de 2013

IV Jornadas Literárias de Fafe

 A freguesia de Fornelos, tambem marcou presença com a sua barraquinha, onde não faltaram bons petiscos e o saboroso bolo de milho, uma das muitas especialidades gastronómicas da nossa região, na grande Festa Fafense, que decorreu hoje dia 27 de Abril, no centro da cidade no decorrer das 4ª Jornadas Literárias de Fafe.






domingo, 21 de abril de 2013

A nossa freguesia

Morava perto da escola de panelada uma senhora de idade avançada que era conhecida pelo nome de “Calrroa Velha” devido à sua longa idade. No intervalo das aulas íamos a correr beber água à fonte do terreiro do fidalgo. Na vinda, encostadas ao muro do seu quintal, ficávamos a ouvir a anciã que sempre tinha algo para contar. Contava histórias do barba azul que seduzia mulheres belas e jovens para depois as matar. Um sorriso maroto afagava-lhe o rosto, ao pensar que à noite, antes de dormir, iríamos esconder a rosto debaixo das mantas até sentir falta de ar com medo da barba azul. Pois bem, ela dizia ser do seu conhecimento, que no tempo dos carvalhais, o núcleo megalítico do monte de Fornos atraía muitos forasteiros a Fornelos. Chegavam de longe, montavam as tendas e pernoitavam debaixo dos carvalhos seculares. Logo pela manhã iam à fonte do terreiro, para se lavar por fora e por dentro. Traziam água para o café, que tomavam em círculo à volta da fogueira. Depois de apagado o fogo, dirigiam-se à capela da Luz para cumprirem a promessa de rezarem um rosário de três terços à Virgem. Finalmente, seguiam a cantar encosta acima, a visitar as mamoas do núcleo megalítico do monte de Fornos. Chegados ao local ficavam respeitosamente em silêncio, homenageando, cada um à sua maneira, o mundo dos mortos.
II
 Infelizmente, de entre os mais jovens fornelenses, poucos tiveram acesso às mamoas visto terem sido encerradas já alguns anos por tempo indeterminado. A placa colocada num pinheiro manso à entrada, embora esteja em bastante mau estado de conservação devido à ferrugem, ainda se percebe as letras “encerradas por tempo indeterminado”. No entanto é muito proveitoso o passeio ao local pela pureza do ar e pelo contacto com a natureza, que encontramos no seu estado mais puro. Na beleza da paisagem e dos jardins silvestres floridos, de várias paletas de cores, é de salientar a predominância do amarelo dos codessos gigantes que aí cresceram de forma estratégica, para impedir visitas indesejadas ao núcleo. Segundo consta, o motivo de tão apertada vigilância deve-se ao facto da possibilidade de ladrões de túmulos se tentarem apropriar de alguns restos mortais dos nossos antepassados, encontrados pelos arqueólogos ainda em muito bom estado de conservação. Como é sabido esses indivíduos fazem-se passar por arqueólogos e começaram a mover-se em locais como o antigo Egipto. Devido á globalização, actualmente estão espalhados um pouco por todo o mundo. Ao longo dos tempos, testemunhas oculares, em especial os lavradores que durante a noite se deslocavam pelos montes a ir buscar a água das poças para regar os campos, dizem ter testemunhado estrelas cadentes que visitam o núcleo megalítico do monte de Fornos em datas apropriadas. Os que acreditam em divindades, na vida do além, garantem que o núcleo megalítico se encontra fortemente protegido por guardiões mandados para o local por um velho, a que dão o nome de senhor do tempo. A grande maioria dos mortais não os consegue ver a olho nu. Alguns, muito poucos conseguem ver, mas só através dos olhos da alma. Eles existem para promover a paz e harmonia. O seu poder e autoridade são inquestionáveis. No entanto, as opiniões dividem-se e ao certo ninguém sabe. Os mais cépticos afirmam que o encerramento se deveu a fortes suspeitas de que o local estivesse a servir de poiso aos traficantes de estupefacientes. Os utensílios encontrados nas imediações levaram a essa conclusão.
Texto e imagem: Filomena Magalhães

quinta-feira, 18 de abril de 2013

A nossa freguesia


Até ao início do século XX a maioria da população dedicava-se à atividade agrícola. Não precisavam de muito para se alegrar, ficavam felizes com fartas colheitas, o milho na caixa, o vinho na adega, lenha na lareira sempre a fumegar. Ao longo do tempo surgiu a oportunidade de muitos emigrar, levarem o seu saber e a sua forma de ser e estar, ajudando outros povos a enriquecer e a prosperar. Gostavam de saber notícias dos que nasciam, dos que casavam, dos que iam para a terra para não mais voltar. Nos natais à mesa, nas páscoas felizes, sinos a tocar, foguetes no ar, os que por cá ficavam sentiam saudades pelos que partiam, gente talentosa, tanto a criar como a liderar, uns iam à guerra, outros trabalhar, para terras distantes para lá do mar…

Foto e texto: Maria Filomena Magalhães

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Vamos ajudar Rosinda

Doente oncológica procura milagre da vacina alemã
 


NIB:00350 300000 8795080007 e o IBAN:PT5000 3503 00000 8795080007, da Caixa Geral de Depositos

Maria Rosinda de 47 anos, reside em Fornelos e é mãe de dois filhos

terça-feira, 9 de abril de 2013

Exposição

foto:M. Filomena Magalhães
Em silencio,
encostados à parede,
estavam a aguardar,
o olhar que os ia visitar ,
o que subia as escadas,
tic, tic, a estropiar.

 O menino ao lado do pai sentado a descansar,
a árvore,
o castelo ,
o ribeiro,
o mar,
depois desse olhar,
os ter percorrido devagar
pelas vidraças
ficaram a espreitar
a chegada
dum novo olhar
quem sabe  
algum
que os mude de lugar.

F.M.

 

 

 

domingo, 7 de abril de 2013

2º Domingo do Tempo Pascal-Felizes os que acreditam sem terem visto

foto e texto FilomenaMagalhães
  Subi a alameda
com o vento a soprar.
Ao chegar, sentei-me num banco para descansar.
Depois, entrei na Igreja para Vos louvar
ficando feliz por ir encontrar
a Hóstia consagrada em cima do altar.
Com cheiro a incenso a pairar no ar,
senti minha alma se elevar,
durante o tempo que Cristo ressuscitado estive adorar.


sexta-feira, 5 de abril de 2013

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Quando passavas por mim

Foto:M.F.M.
 No banco do jardim,
onde cheirava a jasmim,
quem te viu, foi minha alma,
quando passavas por mim.

 Leve que nem querubim
sem levar euro
ou xelim
envolto na neblina
seguias feliz
Assim

F.M.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Tarde ao luar


Numa tarde de luar,
o lago chamou por mim
que me queria mostrar,
o futuro cor da esperança 
que chegava devagar.
 

Foto Filomena Magalhães